domingo, 19 de setembro de 2010

. 20 de Setembro .

Parabéns pra MIM!
2.1 Total Flex

Hoje é um dia 20 qualquer como tantos que já existiram em trilhões de anos. Hoje as pessoas acordam cedo para ir trabalhar, sonhando com a hora do almoço e já pensando no fim do dia, enquanto pessoas estão voltando pra casa da noitada anterior. Crianças brincam em parques, pessoas choram em casa por medo de multidões; Bebês nascem enquanto incompreendidos pulam da ponte mais alta da mais movimentada avenida em busca da última atenção do mundo. Sorrisos se elevam a gargalhadas e amores se despedem no aeroporto, ao lado dos que se reencontram depois de meses de saudades. 

Pais comemoram o filho que passou no vestibular enquanto mães choram em filas gigantescas a falta de vaga para o seu filho estudar. O mundo não pára pra ninguém. Os dias têm irreversivelmente 24 horas, preenchidas ou não de boas sensações. Hoje é um domingo frio comum, de muito céu e pouca nuvem. A cidade está repleta de sujeira e engarrafamentos quilométricos, greves trabalhistas transformam a rua numa imagem em câmera lenta. Não há indícios de nada extraordinário nesta manhã. 

Mas você, menina, há 20 anos atrás nasceu num dia 20 comum como este. E hoje, dentro de você, tudo é transformado. Ainda que ninguém mais saiba ou se importe, sua vida se altera e se renova nestas horas, caminhando pra maturidade escrita e dita. Pras novas obrigações, novas regras deste jogo absurdo que é existir. Hoje um ciclo se encerra e outro mais excitante se inicia. Hoje velhos vão te dizer pela última vez que está virando uma mocinha e vão parar de falar que você não é mais aquela menininha que um dia eles trocaram as fraldas, vão parar de perguntar o que você quer ser quando crescer e se você já tem um namoradinho. 

Hoje você pode ou não se lembrar de sonhos que não realizou e sonhar três vezes mais novos sonhos, fazer novos planos e cumprir promessas que se fez quando menina e que ainda não cumpriu. Somando isso à lembrança de tudo o que foi planejado e não feito, um nó se formará na sua garganta. Não chore, criança... Reviva o que foi perdido com nostalgia saudável e um sorriso verdadeiro. Passou, não volta, mas valeu. Ainda há muito a querer, o que acabou foi apenas a menor parte do caminho. E a mais irreversível.

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